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Foto: Redes Sociais |
Secretaria de Segurança Pública (SSP)
esclareceu, em coletiva, na manhã desta quarta-feira (23) a ‘Operação Rubicão’
responsável pela prisão de suspeitos de participação na morte
do comandante da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de
Caatinga (Ciopac), capitão Oliveira, em abril desse ano.
Foram cumpridos dez mandados de prisão
relacionados ao crime e durante toda a operação, 10 pessoas foram mortas em
confronto com a polícia, sendo seis no estado de Sergipe e quatro em cidades no
interior da Bahia. Inicialmente dois
irmãos, que segundo a SSP, deram suporte a quatro homens que assassinaram o
capitão Manoel Oliveira morreram em confronto com a polícia. Na madrugada da
última sexta-feira (18), outras
oito morreram em confronto com a Polícia Civil de Sergipe e da Bahia na
'Operação Rubicão'. A operação ocorreu nos estados de Sergipe e Bahia.
Para o delegado Dernival Eloi, diretor do
Cope, a operação foi muito positiva e obteve grande êxito. “Os presos
corroboraram a tese da motivação e da ação delitiva. Aguardamos alguns laudos e
algumas prisões ainda podem ser feitas. Estamos diligenciando esperamos logo em
breve prender mais indivíduos. A sociedade e a imprensa nos ajudaram muito na
investigação”, disse.
Motivação
A motivação para o crime foi confirmada
durante as investigações e segundo a SSP, ocorreu devido ao trabalho de
repressão que vinha sendo realizado pelo Capitão Oliveira, que no ano de 2017,
durante ações da Caatinga, alvejou dois homens acusados de crime de pistolagem.
Dentre esses suspeitos está um ex-companheiro de uma presa durante a operação.
A ação é resultado do trabalho investigativo
das equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Divisão de
Inteligência (Dipol), da Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci),
além de contar também com a participação de equipes da Polícia Militar na
execução das atividades, como também de contar com o apoio da polícia baiana.
Prisões
A Polícia efetuou também a prisão de três
suspeitos identificados como Izaiane Maiara Menezes Neto, 32 anos, esposa de
Jackson, o
empresário Marcones Silva Lima, 33 anos, que confessou ter dado suporte para
fuga de dois suspeitos de participação na morte do capitão e também a
prisão de Jasson Souza de Jesus, vulgo "Vaqueiro de João Alves", 23
anos. Os
tresos foram presos na Bahia e já estão em Sergipe.
Em depoimento ao delegado Hugo Leonardo, do
Cope, Marcones afirmou que após o crime, Jackson e o pai fugiram para a região
oeste da Bahia assustados com a repercussão da ação criminosa. Ainda segundo o
depoimento, Marcones detalha que "Zé de Mané Doidão", cujo histórico
de pistolagem é longo na região de Pedro Alexandre, estaria preocupado com as
proporções que o crime cometido pelo filho poderia tomar, afirmando que foi
"uma besteira um milhão de vezes maior do que eu já fiz a vida
inteira".
Perícia
Os peritos oficiais do Instituto de
Criminalística (IC) identificaram ao menos três tipos de armas utilizadas na
ação criminosa sendo armas de calibres 12, 18 e ponto 40. As análises foram
embasadas nas medições feitas no local, coletas de cápsulas e projéteis, e nos
exames papiloscópicos realizados nos veículos e no corpo da vítima.
Fardamento
Polícia
Federal analisa o material genético presente nos fardamentos da
Polícia Militar de Sergipe, encontrados às margens da rodovia entre os
municípios de Feira Nova a Graccho Cardoso, no sertão sergipano. O DNA para
ajudar na identificação de possíveis suspeitos do crime.
Segundo a SSP, a polícia investiga se essas
fardas teriam sidos usadas pelos envolvidos na morte do capitão. O material foi
analisado pela perícia da Polícia Civil sergipana.
Rubicão
O nome da operação fez referência a um rio
italiano que não poderia ser atravessado pelas tropas romanas por conta de uma
lei, mas, ao ser afrontado, Júlio César decide fazê-lo e sua ação culmina numa
guerra civil. A expressão ‘atravessar o Rubicão’ significa a tomada de uma
decisão perigosa, pensar grande, ou ainda, ultrapassar fronteiras,
defrontando-se com um caminho duvidoso e potencialmente perigoso.
O crime
O Capitão Manoel Oliveira foi executado a
tiros na noite do dia 4 de abril dentro de um veículo em uma estrada do
município de Porto da Folha (SE), Alto Sertão do estado. Homens armados, em
dois veículos Corolla, abordaram o oficial da PM e efetuaram vários disparos,
próximo ao local onde fica a sede da unidade da Policia Militar.
No dia 18 de abril, a Polícia Civil divulgou
fotos de um dos carros utilizados na morte do Capitão. Já no dia 2 de maio, a
SSP divulgou um retrato falado de um dos suspeitos do assassinato. O retrato
foi feito baseado nas investigações do Centro de Operações Policiais Especiais
(Cope), que levaram a uma pessoa com as características.
O capitão Oliveira tinha 42 anos e fundou o
Pelotão da Caatinga em 2008. Essa unidade da polícia atuava no alto e no baixo
sertão do estado combatendo todo tipo de crime.
Informações do G1 Sergipe
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