De acordo com o dicionário Houaiss, uma
das acepções para Plêiade “grupo de homens ou literatos famosos” e
cavalo-do-cão é “uma vespa que tem uma das picadas mais dolorida na face da
terra”. Seu nome científico é Pepsis formosa
pationii. O lema é “UNA STELLA SIDERA NON FACIT”, ou seja, “uma estrela sozinha
não tece uma constelação”.
Hoje,
o Plêiade é composto por 15 componentes (Aécio Júnior,
Alessandra, Aline Dantas, Anderson Plácido, Angélica Correia,
Calyne Porto, Carlos Alexandre, Fernanda Souza,
Igor Oliveira, Isis, Lucas Costa, Maria Eduarda Oliveira, Natan Barbosa, Pedro Filho, Rafhael Souza e Thiago Dantas), que
se reúnem mensalmente com o intuito de discutirem e produzirem textos, refletindo
sobre as mazelas sociais.
Os
jovens estudantes do município de Monte Alegre de Sergipe vêm desbravando novos
horizontes através da leitura e escrita, refletindo sobre a sua posição sujeito
social. “Precisamos apoiar essas iniciativas para termos um amanhã mais justo”,
enfatiza um dos jovens.
Para
festejar um ano de existência, os membros realizaram na sexta-feira, 23 de março,
o I Seminário do Plêiade Cavalo-do-Cão, homenageando o patrono-mor “Augusto dos
Anjos”.
O
público presente foi agraciado com uma palestra sobre "As tendências
literárias do Século XIX", proferida pela Drª Christina Bielinski Ramalho; apresentação
do poema "Psicologia de um vencido", de Augusto dos Anjos, feita por
integrantes do Plêiade; mesa-redonda sobre "Augusto dos Anjos: o operário
das ruínas, " organizada por membros do Plêiade, além de canções tocadas e
cantadas pelo grupo musical DiVersos, que é composto por jovens estudantes do
Ensino Médio do Centro de Excelência 28 de Janeiro.
“É
preciso externar nossa gratidão a todos que direta ou indiretamente contribuíram
para a realização do nosso I Seminário. Que venham outras edições”, destaca o
grupo “Plêiade
Cavalo-do-cão”.
Conheça
Augusto dos Anjos
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
nasceu em 28 de abril de 1884, no Engenho do Pau d’Arco (PB).
Seus pais eram proprietários de
engenhos, os quais seriam perdidos alguns anos mais tarde, em razão do fim da
monarquia, da abolição e da implantação da república.
Foi educado pelo próprio pai até o
período antecedente à faculdade. Formou-se em Direito no Recife, contudo, nunca
exerceu a profissão. Criado envolto aos livros da biblioteca do pai, era
dedicado às letras desde muito cedo. Ainda adolescente, o poeta publicava
poesias para o jornal “O Comércio”, as quais causavam muita polêmica. Por causa
dos poemas era tido como louco para alguns e era elogiado por outros. Na
Paraíba, foi chamado de “Doutor Tristeza”, por causa de suas temáticas
poéticas.
Em 1910, casa-se com Ester Fialho, com
quem tem três filhos. O primeiro filho morre prematuramente. Quando a situação
financeira da família se agrava, com o advento da industrialização e a queda do
preço da cana-de-açúcar, o autor muda-se para o Rio de Janeiro. Nesta cidade,
enfrenta o desemprego até conseguir o cargo de professor substituto na Escola
Normal e no Colégio Pedro II, complementando-o com a renda das aulas
particulares.
Em 1914, transfere-se para Minas
Gerais, por causa de uma nomeação como diretor do Grupo Escolar de Leopoldina,
a qual conseguiu com ajuda de um cunhado. Após alguns meses da mudança, o poeta
morre aos 12 de novembro do mesmo ano, vitimado por pneumonia.
Augusto dos Anjos vivenciou a época do
parnasianismo e simbolismo e das influências destas escolas literárias através
de seus escritores, como: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza, Graça
Aranha, dentre outros. Porém, o único livro do escritor, intitulado “Eu”,
trouxe inovação no modo de escrever, com ideias modernas, termos científicos e
temáticas influenciadas por sua multiplicidade intelectual. Pela divergência
dos assuntos tratados pelo autor em seus poemas em relação aos dos autores da
época, Augusto dos Anjos se encaixa na fase de transição para o modernismo,
chamada de pré-modernismo.
O poeta tinha como tema uma profunda
obsessão pela morte e teve como base a ideia de negação da vida material e um
estranho interesse pela decomposição do corpo e do papel do verme nesta
questão. Por este motivo foi conhecido também como o “Poeta da morte”.
Sua única obra marca a literatura
brasileira pela linguagem e temática diferenciadas.
Fonte: Brasil Escola.
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