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Foto: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe |
A Delegacia de Defraudações e Crimes
Cibernéticos deflagrou a Operação Krypton e identificou um grupo criminoso
responsável por golpes envolvendo pirâmide financeira e investimentos em moedas
digitais, como Bitcoin. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 17 mi e abrange
vítimas em Sergipe e outros estados. Três suspeitos desse estelionato foram
identificados e um deles, Maurício Henrique dos Santos, foi preso durante a
manhã desta quinta-feira, 22.
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Foto: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe |
De acordo com a delegada Rosana Freitas, a
operação visou o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os suspeitos são
investigados pela prática de diversos crimes de estelionato e associação
criminosa envolvendo fraudes com criptomoedas - moedas digitais, como o
Bitcoin. “Eles angariavam pessoas e prometiam investimentos altamente
lucrativos. A partir da aquisição desses investimentos, eles estimulavam que
outras pessoas fossem convidadas a entrar no negócio”, explicou.
Por meio desse convite, conforme detalhou a
delegada, os suspeitos indicavam que as pessoas lucrariam a partir do valor
investido e por trazerem novos investidores, caracterizando a pirâmide
financeira. Eles também ministravam palestras chamando novas pessoas para
entrarem no negócio fraudulento. “Eles convenciam as pessoas a investirem e a trazerem
outros, e isso permitia que as fraudes perdurassem por muito tempo. Eles
pagavam os investidores iniciais com os investimento feitos pelas pessoas
seguintes, dando uma certa credibilidade para a fraude”, citou Rosana Freitas.
Ainda segundo as investigações, os suspeitos
já estavam na terceira empresa aberta. “Esse mesmo grupo já vinha com a
abertura da terceira empresa. Eles abriam uma empresa, angariavam investidores
e posteriormente fechavam a empresa, e diziam que não tinham como pagar, uma
vez que houve um movimento no mercado e fez que tudo se perdesse, e abriam uma
nova empresa. São três empresas, cada uma delas está no nome desses
investigados”, detalhou.
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Foto: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe |
O primeiro suspeito foi preso na manhã desta
terça-feira, no próprio apartamento, no bairro Santa Maria. Na residência de
Maurício foram encontrados dinheiro - de diversos países - em espécie e
extratos bancários que denotam alta movimentação financeira; além de um veículo
de alto padrão e documentos. “É possível que haja mais vítimas. Identificamos
um grupo de São Paulo que possivelmente foi vítima. Eles prometiam esses
investimentos com rentabilidade de 30% a 60% ao mês, e recebiam esses valores
que nunca foram investidos, eram utilizados para aquisição de veículos de luxo.
Eles se sustentavam na medida em que uns iam sendo cooptados por outros”,
complementou.
Eles, inclusive, forneciam prêmios para
incentivar as pessoas a investirem e trazerem novos investidores e tinham o
cuidado de escolher pessoas familiarizadas com o marketing multinível. “Tem
situações que eles depositaram dinheiro nas contas daqueles que eles queriam
que alguns cooptassem, deram um carro. Dizendo ‘Olha esse aqui é um
investimento que a empresa está fazendo em vocês, para que vocês continuem
cooptando pessoas, para verem que é uma empresa séria’, e então eles entregavam
esses bens e dinheiro. Eles tiveram o cuidado de trabalhar com pessoas com
experiência com marketing multinível, ou seja, já faziam cooptação, mas em
outros segmentos”, disse.
O golpe também foi noticiado durante programa
jornalístico da TV Globo. "A gente teve inclusive no domingo, no
Fantástico, em que foi reportada uma matéria sobre esse golpe. É exatamente
esse golpe que vem sendo praticado em todo o brasil. pessoas vem sem atraídas
com promessas de investimento extremamente lucrativo, diferenciando-se do
mercado tradicional. como é um investimento que pouca gente entende e
compreende, as pessoas acabam acreditando e investindo altos valores”.
As buscas seguem para chegar até a
localização de Devanilson Nascimento do Espírito Santo e Liliane Ferreira dos
Santos. Informações e denúncias sobre os suspeitos podem ser repassadas por
meio do Disque-Denúncia (181). O sigilo das informações e garantido. A Polícia
Civil também solicita que possíveis vítimas que identificarem os suspeitos
compareçam no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri).
Informações da Secretaria de Segurança
Pública do Estado de Sergipe
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