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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O delegado Valdemir Pereira que
acompanha em Abadiânia as denúncias contra João Teixeira de Farias, o João de
Deus, de 76 anos, descreveu o modus
operandi do médium nos crimes sexuais dos quais é acusado. Ele
afirmou que João de Deus tinha como "prática" cometer o abuso e
depois dar presentes às vítimas.
No caso mais recente, que resultou ontem no indiciamento do médim por violação sexual
mediante fraude, com pena entre 2 a 6 anos de prisão, o delegado disse que João
de Deus agiu da mesma forma. Após o abuso, o médium pediu que a mulher
escolhesse um dos quadros expostos.
O delegado afirmou, em entrevista coletiva,
que a mulher de 39 anos contou ter sido abusada sexualmente em outubro deste
ano, enquanto se submetia a tratamento na Casa Dom Inácio de Loyola, em
Abadiânia. De acordo com ele, a vítima ainda está abalada com o que sofreu.
Valdemir Pereira e policiais acompanharam a mulher até o centro espiritualista
onde ela mostrou a sala na qual disse ter sido agredida pelo médium.
O médium está preso preventivamente no
Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O Supremo pode decidir hoje
sobre pedido de liberdade.
Detalhes
A TV Anhanguera, de Goiânia, teve acesso ao
depoimento da mulher. Nele, a vítima disse que agressão ocorreu em 24 de
outubro. No relato, ela contou que o médium apagou a luz da sala enquanto
estava sozinho com ela, depois passou a massageá-la abaixo do ventre e pediu
que mexesse o quadril, em seguida tentou encostar.
No depoimento, a vítima afirmou também que
João de Deus pediu que ela o massageasse na barriga e, em seguida, ela percebeu
que ele estava com o órgão sexual exposto.
Outros crimes
O Ministério Público de Goiás continua
recebendo relatos de possíveis crimes sexuais cometidos pelo médium no estado e
em outros países. Alguns, de acordo com integrantes da força-tarefa que
investiga as ações, podem ter prescrito. Mas serão úteis nas apurações, pois
pode servir de material probatório.
Para promotores que atuam na força-tarefa das
investigações, João de Deus pode ser indiciado por três crimes distintos –
violação sexual mediante fraude, estupro e estupro de vulnerável.
A Polícia Civil também instaurou inquérito
para investigar a origem de cinco armas e R$ 405 mil (em reais e moeda
estrangeira), localizados em uma das propriedades de João de Deus.
Informações da Agência Brasil
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