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Foto compartilhada em uma rede social de Isaque |
O show realizado na última
sexta-feira, 06 de abril de 2018, no Clube Altemar Dutra em Canindé de São
Francisco, região do sertão de Sergipe, iniciado as 22h00min, com atrações
como: Waldence o Vaqueiro Sossegado, Lourinho e Sensação do Arrocha e pela
primeira vez na cidade sertaneja, o grupo NSC (Neurônios SubConsciente) foi motivo
de boatos que ganharam grande repercussão nas redes sociais.
Nossa equipe teve acesso a
uma das mensagens compartilhadas com o seguinte conteúdo: “Traficantes da
Olaria de Canindé de São Francisco, Isaque e seus comparsas alugam o clube de
Canindé e comemoram a morte do Capitão Oliveira da Caatinga, onde teve muita
droga e muita cachaça, entre eles tiveram drogas enterradas dentro do clube e
bastantes confusões, este é o meu Canindé que vejo hoje, onde foi advertido por
um vereador que ia acontecer esta festa e nenhuma providência foi tomada, vida
loca Isaque”.
Entramos em contato com
familiares de Isaque, os mesmos nos informaram que o texto acima foi publicado
com objetivo de denegrir a imagem do jovem, que o evento já vinha sido
divulgado muito tempo antes da morte do C. Oliveira e que já foi realizado o
B.O.
O MC Alex, do grupo NSC, comentou
o caso: “Fui cantar em Canindé como um show normal, conheço o contratante, ele
não está envolvido em nada, este show estava marcado muito antes do acontecido,
agora se eu estava no camarim e chegou alguém lá para tirar foto e postou o que
não deve, acho que eu não tenho que responder pelos atos dos outros, jamais
iria comemorar o mal de ninguém, ainda mais de uma pessoa que defendia a
sociedade, que apoiava nossos eventos (...) vivo da música, não tenho nada há ver
com isso, fui fazer meu trabalho, como qualquer outro dia, fui ganhar o meu dinheiro
(...) complementou.
Um empresário no ramo de
publicidade sonora, que divulgou o evento na cidade nos confirmou que foi
contratado 15 dias antes da realização da festa.
Conversamos também com o
jovem Isaque de Jesus Santos, citado no texto que viralizou nas redes sociais. Durante
o diálogo descobrimos que atualmente o mesmo trabalha fazendo “Bicos” -
Trabalhos Extras – como mecânico de motocicletas, vende camisas e copos
personalizados de uma equipe que leva o nome do Grupo Musical NSC, Olaria NSC,
é voluntário da campanha beneficente Araras em Ação (Campanha com envolvimento
direto em eventos esportivo e cultural, cujo foco também é arrecadar alimentos
e fortalecer a cultura do município) e também trabalha como diarista nas
produções do DJ Araras.
Valker Araras, responsável pela
campanha Araras em Ação, gravou um vídeo ao lado de Isaque e compartilhou nas
redes sociais apresentando para os internautas que o mundo das drogas pode sim
ser deixado para trás.
Isaque confirma que foi
vítima de boatos e que não foi o organizador da festa, apenas pegou ingressos e
confeccionou camisas para revender: “Para as pessoas que querem ver o meu mal,
saibam que estou muito bem, não é isso que vai me amedrontar, tudo que eu devia
a justiça eu paguei, quando eu era menor de idade, errei sim, confesso, mas
hoje, mudei muito e ainda continuo mudando e sei que estou pagando um preço
alto pelo meu passado. Lamento muito pela perda de um guerreiro que morreu no
combate à criminalidade. Agradeço a todas as autoridades que estão tomando as
medidas cabíveis para que o meu caso seja solucionado. Deus está no comando de tudo”, finalizou.
Procuramos o Tenente-Coronel do 4º Batalhão de Polícia Militar do Estado de Sergipe, Fábio
Rolemberg, para falar sobre o caso, o mesmo argumentou: “É desvinculada a informação que a
festa foi feita para comemorar a morte do Capitão Oliveira, o evento foi
divulgado anteriormente ao acontecimento. O material será objeto de
investigação para que os responsáveis possam responder pelos seus atos na
medida da culpabilidade caso seja comprovado a existência de algum ilícito”.
O jovem Isaque fez o
registro do Boletim de Ocorrência durante a manhã desta terça-feira, 10 de
abril de 2018, na Delegacia de Polícia Civil de Canindé de São Francisco.
Por
Damião Feitosa do Jornal do Sertão
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