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Foto: Internet |
Comprar, vender, trocar, pagar. Todas essas
atividades têm em comum o uso frequente de dinheiro para realização de afazeres
diários que necessitam da utilização de cédulas. Contudo, é importante manter a
atenção quando o assunto é dinheiro, não somente para não ficar no prejuízo,
mas para não cometer um crime, mesmo agindo de boa fé.
A falsificação de cédulas é crime previsto no
Artigo 289 do Código Penal e garante a quem realiza esse tipo de ação ilícita
pena de 2 anos à 6 meses de reclusão. Em Sergipe a Coordenadoria Geral de
Perícias (Cogerp) por meio do Instituto de Criminalística , é quem
investiga se a cédula suspeita é de fato falsa, essa análise é realizada após
solicitação da autoridade policial que esteja a frente da investigação.
O trabalho realizado entre os órgãos que compõem a Secretaria de Estado da
Segurança Pública (SSP/SE) como Polícia Civil, Militar, Perícia entre outros,
na apreensão desse tipo de falsificação vem gerando resultados satisfatórios,
no ano de 2017 foram apreendidas cerca de duzentas cédulas falsas em todo
o estado.
O diretor do Instituto de Criminalística,
Nestor Joaquim de Góis Barros, garante que o trabalho realizado pelos
profissionais tem o principal objetivo de levar uma resposta rápida e segura às
suspeitas de falsificação de moeda. “Intensificamos os cuidados, temos aqui no Instituto
a seção de documentos copia estamos trabalhando na área de identificação de
cédulas falsas com o objetivo de darmos uma resposta o mais rápido possível às
autoridades policiais para que tenham o elemento técnico necessário para que
seja realizada a prisão do falsário” afirmou o diretor.
De acordo com Nestor,
é comum a ideia de que livrando-se da cédula falsificada o problema ou melhor,
o prejuízo é resolvido. Porém, ele adverte a população que o repasse desse tipo
de material pode gerar muito mais de prejuízos para quem tenta se livrar da
nota passando adiante.
“Quem receber uma
cédula e entender que esse valor é falso não deve passar adiante, não deve
tentar se desfazer do prejuízo, deve procurar a autoridade policial mais
próxima e registrar uma ocorrência informando do recebimento, onde recebeu essa
cédula para que as autoridades possam investigar essas áreas. Não tente de
forma alguma passar a cédula adiante por que isso também é um crime. Oriento o
cidadão a procurar a autoridade policial, registrar a ocorrência e entregar
essa cédula para que de posse desse material seja encaminhado ao Instituto de
Criminalística para que os peritos façam os exames” orientou o diretor.
Nestor Joaquim revela
que existem formas simples e mais complexas de se identificar a falsificação.
“Nós temos algumas formas de identificar as falsificações nas cédulas, eu
costumo dizer que nós temos as visuais, temos as táteis e temos aqueles
elementos de segurança que só são perceptíveis com emprego instrumental ótico
adequado. Esses elementos visuais e táteis são aqueles que o usuário comum
utiliza para saber se uma cédula é falsa ou não é, quando a falsificação é de
uma forma tal bem feita, precisamos de um instrumental ótico adequado para
fazer esse exame” frisou.
Elementos
de segurança
Quando se verifica a autenticidade de uma
cédula é comum vermos pessoas colocando o valor contra a luz ou apenas passando
o dedo sobre o dinheiro. O que muitos não sabem é que existe um grande conjunto
de elementos de segurança desenvolvidos para garantir a população o
reconhecimento da cédula de forma mais precisa. Toda cédula pode ser
falsificada, mas a perita do setor de documentoscopia do Instituto de
Criminalística, Thayse Freitas, revela que as cédulas mais falsificadas são as
R$20,00; R$50,00 e R$100,00 com aparecimento dos demais valores de forma mais
isolada.
O Instituto de
Criminalística possuí equipamentos que auxiliam os peritos na identificação
desse tipo de caso, após a realização das análises visuais para verificação dos
elementos de segurança são colocadas em prática as verificações por meio de
equipamentos simples como lupas ou mesmo por meio de equipamentos com
iluminação ultravioleta, elementos fluorescentes entre outros.
A perita ressalta que colocar a nota contra a luz não garante que o valor seja
verdadeiro, é preciso maiores cuidados para não cair no golpe. “Uma pessoa que
é leiga por exemplo ela tende a colocar somente a cédula contra a luz para
analisar se tem marca d’água, só que isso não é recomendado até para pessoas
que são peritas, porque os falsários simulam esses elementos, então o cidadão
precisa conhecer mais de um elemento para poder ter certeza se aquela cédula é
falsa ou não, no caso de nós peritos a gente analisa todos os elementos que a
cédula possui. Existem falsificações que recebemos que para uma pessoa leiga
que não observe com bastante cuidado pode considerar essa cédula como sendo
igual a uma nota autêntica, mas somente com alguns equipamentos específicos
conseguimos analisar essa nota e fazer a conclusão somente com os elementos
visuais, perceptíveis porque as falsificações elas são cada vez melhores”
revelou.
Ela revela que apesar
de alguns criminosos copiarem de forma muito parecida as cédulas, os peritos
conseguem identificar até mesmo as diferenças milimétricas. “Alguns falsários
fazem a cédula do tamanho muito parecido com a verdadeira, mas existem
diferenças milimétricas que a gente consegue perceber aqui no Instituto, porém
para uma pessoa leiga que recebe esse valor é do mesmo tamanho”
É importante que a população se mantenha
atenta aos elementos de segurança que as moedas possuem e assim, evitem
transtornos e prejuízos. Se houver suspeitas que a cédula é falsa a
recomendação é procurar a autoridade policial mais próxima e registrar o fato,
desta forma, o valor retirado de circulação será enviado ao Cogerp que por meio
de peritos capacitados irão examinar sua autenticidade. Thayse esclarece que
manter a atenção e calma no momento do manuseio do dinheiro é um dos fatores
principais para não ser lesado.
“O cidadão precisar
ter atenção e não ter tanta pressa na hora de guardar o dinheiro porque na
correria a gente tende de receber o troco e jogar na bolsa, na carteira de
qualquer jeito, então é importante dar uma paradinha fazer a análise básica,
coloca contra a luz para analisar se tem marca d’água, dá uma analisada na nota
para ver se tem as marcas táteis, as impressões em alto relevo na lateral,
verificar se tem essa numeração escondida, isso leva alguns segundos mas evita
que a pessoa possa vir a ter prejuízos futuros” concluiu.
Com
Informações da SSP/SE
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